Alguém pula o muro e colhe as frutas
Os demais aguardam com água na boca
Olhos nas alturas esperando um retorno
É fundo de quintal ignoramos pais
Frutas viajam do céu ao chão
Lei só da gravidade ,nós livres
Escondidos sem triscar
Comemos como reis refugiados
Cada vez repetido, na cabeça
criava o outro lado do muro
Um bosque onde havia apenas um
Lá só acontecia o que ele desejava
Coragem de menino quase sempre
Sorrindo, enquanto os outros o invejava
O bosque escondido pra ele existia
Pra nós o bosque era imaginário
poetatriz Amina Rosa
