quarta-feira, 22 de setembro de 2021

MEU IRMÃO DE SENSIBILIDADE !ROSA MARIA DAOLIO






Oscar com Petúnia !





 Meu irmão meu companheiro , 

minha mãe dizia :Oscar é mais parecido comigo do que meus filhos .

Por que ? Porque o Oscar chegava em casa com sempre  pão , 

as vezes um frango,

sua sexta básica era dividida solidariamente entre duas famílias.


Respeitava a privacidade de dona Mina , socorria-a quando necessário,

aguardava a sua comida na marmita como banquete servido

 no restaurante 5 estrelas.


Com seus misticos símbolos é um representante vivo da congada um rito  congo brasileiro  com danças e representações, 

com sua maneira de ouvir mais do que falar é um pacificador . 

Os animais adoram  fuçar , deitar , rolar no seu bornal,

é cuidador das águas , das plantas , das hortaliças,

é um animador incansável nas construções para nosso bem estar.

 Oscar , se  de santo é o Oxóssi

"Simboliza a caça, a fartura e o sustento, além de ter relação com o equilíbrio do ecossistema.'

 Mas ele é de reza solitária  nas igrejas e,

 de acender velas no cemitério á paz de seus entes queridos.

Camarada, eu só tenho a agradecer por você fazer parte da minha trajetória , 

reverencio suas obras solidárias , Âmem !


poetriz rosinha 



segunda-feira, 6 de setembro de 2021

NO JARDIM DAS ROSAS ! POR ROSA MARIA DAOLIO


as rosas desabrocham , afloram ,crescem

eu estou no momento do despetalar-me ,

as rosas e suas filhas  se multiplicam

eu vou  me reduzindo , sem querer , infelizmente 



as rosas rosas  são caudalosas , cheirosas 

eu continuo  no pique das  hortênsias esquecidas, aborrecidas



as rosas brancas  são puras,
também cálidas






talvez as orquídeas  me atinjam
para me lembrar que as rosas nem sempre são rainhas 
descansam de vez em quando com as dálias 

os lírios quem sabe me acolhe nos delírios
a ponderar a rotina de um fim de semana, 
em mais, solidão 




 E a rosa  baré, é a rosa desfolhada ,
caule,  folhas verdes amareladas com  seus espinhos  afiados, 
ou já se tornou domada ?





rosinha baré 



 



domingo, 5 de setembro de 2021

ONDE EU MOREI QUALQUER UM MORAVA ? ROSA MARIA DAOLIO

 Eu morei numa rua despojada de preconceitos ,

compunha nela, uma casa de prostituição, 

hotéis de viração e o consulado da Casa Suíça

eu a contar em prosa e verso ,

que nos errantes da vida, frequentei ambas,

entreguei-me  entre beijos e fracassos

na cama e na mesa do  happy hour do Saint Moritz bar, 

devolvi meu suor em tempo evasivo com a  farsa,

prometi entre outras coisas, amar-te diante de uma canção,

eu nem entendia a letra.


era uma rua que encorajava -se à noite,

era a esquina da droga oferecida, 

todavia, o dia se iniciava comigo 

e, de vez em quando, eu abordada por policiais

à espera do bus da multinacional que me sugava.


era uma rua democrática,  com efêmera igualdade ,

desfilava nela os executivos, pobres, travestis , 

brancas e negras apreciadas,

ambas surradas em casas , 

fabricas e em trágicas visitas,

a  rua  também incluía  os corpos que  habitavam as calçadas.


era uma rua desnuda ,

colorida na subida ,

e na descida, resistia a praça Paris !


era  uma rua  cândido mendes ,

varandas da glória ,

um apartamento solidário, 

dando mãos a quem necessitasse de acolhimento.

(in rio de janeiro) 







 rosa maria