terça-feira, 25 de maio de 2021

A um amigo com Carinho ! Rosa Maria Daolio

 Ao amigo Cainã com Carinho !

 Devo confessar que nunca pensei numa frase natural como essa :”Nada faltará se o mundo existe” (Cainã , Socorro/SP), então:

Começaria esse texto colocando uma pergunta para uma reflexão: Qual é a forma de se colocar NO MUNDO?

 E sem me preocupar com a resposta, sigo firme na proposta do diálogo e de conhecer pessoas sem inferir julgamento, são tentativas claras, pois, não tenho o controle do meu temperamento. Mas eu conheço uma criatura “Persona” que me remete ao espaço que contém o tempo à afirmação de que a vida é a eternidade plena de acontecimentos, alegres ou tristes, mas que a força e a sensibilidade de vivencia-los dependem da compreensão de cada um.

Talvez seja a melhor oportunidade e mais que perfeita, devido ao que estamos planetariamente passando, de falar de Cainã, uma criatura  concebida em afetividade, e  enquanto eu vivenciava  seus questionamentos ,  suas intervenções formais e  outras pinceladas de humor irônico  e como  também as  respostas dadas a outrem , numa roda de prosa ,posso falar  por mim ,  eu revisitava meu interior com  meus sentimentos , submetia-me a um divã com um psicanalista docemente incisivo.

Cainã me traz a figura de uma árvore com caules entrelaçados, a base é única e profunda, e acima do solo fértil os caules são corpo e alma em comunhão vertical ao infinito. 

Cainã reverencio sua presença genuína na minha vida e, quando você pronuncia meu nome “Rosa” eu entendo a brandura como os  meus pais me agraciaram.

Amo-te!



terça-feira, 4 de maio de 2021

Cada Existência Com sua Dor !


Ares me cercam de luxuria , um  dedilhar  num  violão solitário ,

 sento-me debaixo da mangueira  a alimentar cães,  a cada bocada  

retornam aos meus braços ungidos de suas  babas.

Vir  ao encontro da mata estatelada de  saguis 

 com caretas perfeitas de  uma singular humanidade, 

rejeitam -me   a cada movimento brusco , distante observam

minha melancolia .


Minha tigela de sopa de feijão quentinha,

 motiva -me a espreitar o vespertino de outono com lembranças de um recente ano passado ,cumprido  

à solidão , à comida irrepartida, o vestido  em desalinho e

a  minha persona fugida.

Levita em mim um sentimento estranho , minha pele tem um aroma antigo

 e sem sonhar com o presente , eu jovem convenço  você jovem  e estonteante 

à  amar mais uma vez .

Venha   bulir  o coração pois o perdão se aproximou em vida ,

 as aventuras  como fecho de luz acontecem,

enquanto,  atras de uma parede estão seus  ouvidos enciumados.

 Durante uma caminhada  avisarei  as ondas do mar  que você 

se enfeitará  à Iemanjá .

 Enfim , eu persona, componho-me com  imperativa  sutileza !