segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BENÇÃO ! POR ROSA MARIA DAOLIO

como se atua numa benção
um episódio me coloca
borboleta de babel
juizo apropriado 
um ser grato 
acentua minha calma pra valer
serena solta na dança de roda
sou pura e crua na noite  escura
suculenta na cama de asas
abertas, sobre ti meu peito
aquecido de expoente
sou tua mais uma vez
pura,  crua na manhã escusa
corpulenta na escada meu delgado corpo 
vestido prensado de rosas e cravos 
apelos soltos ...

poetatriz amina rosa




COM RITA LEE E CHICO CESAR E FORA BARRETOS ! POR ROSA MARIA DAOLIO



como conversar com um povo que se distrae 
com farra do boi , com festa de barretos ?
sem exagero,  quanta gente estalá e nem carne come
bebida ingere pra se conservar
e peões do assalto com salto e bico fino  estão se exibindo pra moçoilas e çoilos  
trepados em cima de bezerros, bois e touros valentes
e qualquer um fica muito valente se lhes  apertarem bem firmes os sacos
a  não ser sacos de peões apertados com chave de coxas de moça ou moço
 quase sempre sob aviadado ou avacado pra de fato satisfazerem
ridículo ajudiera que fazem com os animais para depois posarem de heróis
estou  junto com Rita Lee e Chico Cesar porque também  detesto esta falsa festa
que produz dinheiro a bessa pro mercado dos vários tráficos 
  provoca a  mortalidade juvenil  
rouba a dignidade dos homens de bons costumes
 a midia avassaladora valoriza esses homens futis e improdutivos
juntando com a fazenda e big brother brasil  um record global
mas,cada individuo é responsável pela sua escolha 

poetriz amina rosa




APRENDI COM ANA ! POR ROSA MARIA DAOLIO


Passei uma vida buscando aprender  com Ana
O que eu aprendi com Ana
Que inventar é aconselhado num ciclo sem história, aprender contar uma
Que é preciso sonhar alto
Pra depois navegar nas tempestades que invadem com surpresas
Que  falsos sentimentos de ciúmes e nascimento são ternuras e não violências
Nas tenras fases da lua
Eu aprendi com Ana de freguês à paciente que todos somos iguais
Em brasileiro Uma centena de coisas medidas
Com essa régua de madeira Aferida em cada região
O que eu aprendi com Ana Uma série de movimentos
Da solidão, o verbo amar sem sofrer
De cavalos e de reis que dispensaram
O império pra apreciar as estrelas
O que eu aprendi com Ana
Que é dispensável a preocupação Enquanto vivemos é a solução
Pra qualquer estágio de motivação
Endurecer com a injustiça
De regalar os olhos pra Deus
E agradecer os atrativos Do corpo e um alimento
De fazer nascer em luz Um murmúrio de inocentes
UM eu e um anjo feito gente!



poetatriz amina rosa