terça-feira, 4 de maio de 2021

Cada Existência Com sua Dor !


Ares me cercam de luxuria , um  dedilhar  num  violão solitário ,

 sento-me debaixo da mangueira  a alimentar cães,  a cada bocada  

retornam aos meus braços ungidos de suas  babas.

Vir  ao encontro da mata estatelada de  saguis 

 com caretas perfeitas de  uma singular humanidade, 

rejeitam -me   a cada movimento brusco , distante observam

minha melancolia .


Minha tigela de sopa de feijão quentinha,

 motiva -me a espreitar o vespertino de outono com lembranças de um recente ano passado ,cumprido  

à solidão , à comida irrepartida, o vestido  em desalinho e

a  minha persona fugida.

Levita em mim um sentimento estranho , minha pele tem um aroma antigo

 e sem sonhar com o presente , eu jovem convenço  você jovem  e estonteante 

à  amar mais uma vez .

Venha   bulir  o coração pois o perdão se aproximou em vida ,

 as aventuras  como fecho de luz acontecem,

enquanto,  atras de uma parede estão seus  ouvidos enciumados.

 Durante uma caminhada  avisarei  as ondas do mar  que você 

se enfeitará  à Iemanjá .

 Enfim , eu persona, componho-me com  imperativa  sutileza !