segunda-feira, 22 de junho de 2020

FECHANDO UM TEMPLO !ROSA MARIA DAOLIO

Fico a processar por qual razão  entrega-se  um espaço que cabe tantas vidas, tantos santos , os  acúmulos em milagres , à insurreição, 
e pensar que  me cabe tantos amores , gêneros, temperamentos,
remorsos líquidos e  fluxos sexuais  e, de  texto em texto , decora-se  a sala de jantar , um quarto sem janela , a maior paisagem do mundo, um prostíbulo , ual , uma sauna e um jardim para mim. 

Qual a desvantagem de entregar um espaço de encontros de gerações , de presenças flutuantes , aprendizados  aflitivos , de futuros  e vindas  às catacumbas e macumbas, das especieis  em reinos .

Depois da entrega , aonde  vou   instalar-me num  divã  os meus vícios, as minhas crenças  e encrencas ,talvez , sugere-se  , atras da cortina de fumaça?

Não estou dando conta da nova etapa , alguns desesperados pra consumir ,
 1,99 ,   shopping , sol, praia , água ardente, eu querendo, ajuntar-me do chão e das paredes da Casa do Teatro.

É , muita coisa mudou e amiudou, caminhamos por um novo espaço  eólico, 5G,  acaso huawei se u.s.e. deixar, mas   pertenço a diáspora européia que se mantém ainda como trigo , num país tão desigual.

Viajo pelas palavras pra não enlouquecer e  nem ter razão suficiente , desejo meu  palco , minha platéia , um dia me  salvei e foi com eles e, de repente  o veio se ramificou, já não há  retorno.

Vivemos décadas  sem lucro , sem apoio institucional , sem público,  persistimos  em conflitos, direções e criações , mas neste momento  o ataque foi entre nós próprios e mesmos , não podemos beijar , abraçar , e nem comer nos bacanais.

Cadê a concentração , a oração , o mierda, ? - Não grito mais EVOÉ , mas vou me embebedar à Dionizio !






rosinha minha canoa