terça-feira, 6 de abril de 2021

QUANTO DEPRIME !POR ROSA MARIA DAOLIO

Escondo-me da pandemia, que já me levou dez pessoas conhecidas , dez nomes que inteiraram à vida maneira escrita nas estrelas , sorrateira na vigília , entre bordados e comidas , uma história  na lembrança me aguarda a cada final de tarde.

Disfarço entre  troncos das árvores, silvos de pássaros me tocam começo a brincar com borboletas, nas vibrações meus braços se entrelaçam , a boca sussurra orações do coração para todos os hospitalizados, meus lábios tremem de medo  e  me lembro da faxineira, cozinheira, enfermeira e medica   , onde estão os homens? -vejam no transporte de salvar vidas e  enterrar mortos .

Tento esconder minha revolta, ela se ascende e pergunta : por que tantas cabeças de cientistas informam , mas  nada executam  por circunstância  do comando desse desgoverno Assassino?
Se eu passar por essa , juro que vou visitar todo dia pela manhã minha floresta, ali vou sustentar-me nas alturas , copas de arvores, sons de animais ajustarão  atuações pela humanidade , renderei -me aos orixás.



rosinha canoa