domingo, 21 de março de 2021

ENTRE O PRETO E SAÍBA O BRANCO !

 Corro pra debaixo das árvores , logo pela manhã , sinto respingos de orvalho, pareço flutuar enquanto olho pra cima, as copas nas  suas alturas diversas , inverte sobre mim um fortuito,  há benção.

Existe uma transferência de sentimentos , enquanto estou baixo astral , uma borboleta se assenta no meu ombro nú esquerdo ,  porém, suas asas são um forte verde com bordas  pretas ,enfim, asseguro minha estabilidade, incluo um  novo sentimento e a reverencio enquanto suga o meu acredito, doce suor. 

Nem vou mudar de assunto, senão volto na  pandemia ,  choro aos berros  com  raiva e xingo os três poderes, eu tenho essa paisagem agora e  desejo eterniza-la no meu pecado mortal,  que seja verdadeiro enquanto dure, é assim  , o velho  Vinicius  me conduz na gaveta das lembranças de quando em quando.

Estamos no outono, já ?


ano passado  sem estações me convenci que deveria me mover  como gatos , preto no branco e,  pisar nos telhados com suavidade, esse ano senti apenas  o verão, com ventilador ligado.

Parei as cobranças , os ciúmes , meus olhos nem viram e nem invejaram um automóvel novo, meu destino , esse, cruzou a linha  entre a espera e uma  solução, o luto necessário me acontece diariamente enquanto a imprensa  anuncia o recorde  dos inumeráveis em meu coração.

Aguenta firme paisagem presente e  me alimente , faça-me permanecer  atenta, contrária a  negação existente , não espero jogo limpo desse governo ímpio , mas meus sentimentos seguirão vigorosos.

Encerro aqui com a



 prece  da rosinha canoa.