quarta-feira, 22 de julho de 2020

Sítio Vila Flora , aflora !Por Rosa Maria Daolio


Eu não sei se pela  e, durante a leitura do  "O outro pé da sereia " de Mia Couto, tive um sonho na língua sonhada, ou de relembrar  o que se segue :

A primeira das vezes que  eu  trouxe minha mãe a essa terra , ela comentou :   
a estrada velha da barra passa aqui , e seu pai vinha com a carroça buscar farinha  pra  nossa venda  no Bairro da Barra .Diga-se ,  " aonde sua família incluído a Rosinha residia ".

A segunda das vezes que  eu trouxe a essa terra a minha nona paterna , narrou :   fui criada  na   fazenda Paraíso, estrada municipal dos Pereiras ,  aonde fincaria uma colonia,   com mãos de obra italiana e ,  donde naufragara com sua família e muitos outros  da Itália .

 Eu não sei se é por voltas que esse mundo dá , ou se é  por desgosto do mês de agosto  que a crença que a lida  me  proporciona , acabo de me revelar  um momento à investigar ; 
essa   vivencia histórica que muitos fingimos  não nos pertencer e, não adianta procurar no continente de origem , não,  pois ele , nos remete à traição da nação, independente do  vosso entendimento, dos fatores históricos e ou, das  necessidades à preservação  humana , ética , racial.
 É como  se fora um curativo a preservar seus nobres e seus patrimônios escravocratas.

- Basta -me , Mia Couto , nas suas viagens da literatura me incluir como a  personagem  Luzmina ao desejo irmão e,   se eu  ofuscasse-o  , ele   não inventaria  o pecado mortal de todas as religiões? -Há pena , pequena!Ainda bem !

Não estou nas ervas , digo  a mim que estou à cevada das serradas e  as lembranças debruçadas na porta da entrada, estão a  família em  caos   e a  politica ressurgida no meu corpo ! 

rosinha canoa !