sábado, 17 de agosto de 2013

   PARA COMEMORAR O CENTENÁRIO DE UMA MULHER ESTIMADA POR, FREGUESES, AGREGADOS,  COMADRES E COMPADRES !    
Essa narrativa é do sobrinho José Carlos Piovesan filho da Tia Mercedes , irmã de meu Pai Justo ; e para demonstrar  que  histórias devem ser contadas e narradas  com  distância de parentesco e  misturadas com raças ...  com carinho a história do Nono Luigi Campanaro Pai da Minha mãe Amina , é narrada por esse  querido  primo .




Nôno Campanaro.

            O relato abaixo foi a mim passado por minha mãe, Mercedes.
            Era um sábado, logo mais à noite, um baile estava para acontecer, na propriedade da famí-
            lia Campanaro. Sob a barraca de lona, familiares,  amigos, moradores do bairro Falcão    rodopiariam ao som das Valsas, Mazurcas, Maxixes , Tarantelas., etc. Não me foi dito, mas      creio que havia uma Sanfona, Clarineta e Violão. Me permito até, imaginar o som se   propagando no silêncio da noite. Eu sequer iria ao baile, sentar-me-ia à beira da estrada,
            e ficaria por ali me embriagando de música.
            Vamos em frente. É necessário armar a barraca, enfeita-la com ramos de Bambu e flores.
            O velho Campanaro comanda os trabalhos e os executa também. Um pequeno acidente acontece. Uma lasca de Bambu fere profundamente um dedo do Nono Campanaro. Ele fica
            transtornado, lamenta-se, geme e diz que o baile para ele cabou. Uma “desgracia”.
            Sua filha Amina, meio sorrindo socorre o papai. Toma de uma garrafa de pinga e desinfeta
            o ferimento.Carinhosamente, munida de uma lamparina, pois já anoitece, com tiras de pano
            enfaixa o dedo ferido. Nôno Campanaro, orgulha-se da carinhosa “figlia”, Amina. Se     entusiasma. Não sente dor alguma. Anoiteceu, os músicos já estão à postos.
            Nôno Camparo, alegre recebe vizinhos e vizinhas, saúda a todos e solicita aos músicos que
            iniciem o Baile.
            Flui a música, os casais rodopiam sobre o chão batido. Nôno apesar da idade rodopia feito         um menino, dança valsas como um Vienense, nas Tarantelas parece transportar seu  Bairro      do Falcão, para a sua distante Napoles, assim como Napoles um dia os enviou para o seu             Bairro do Falcão. Nôno dançou a noite toda, até o Sol raiar.
            Esqueceu o dedo machucado, esqueceu-se da dor. Na manhã seguinte, Domingo, Tia Amina
            foi examinar o curativo.Incrédula e difarçando o riso, constatou que havia enfaixado o dedo      errado. A família toda riu muito. Nôno Campanaro disse : É um milagre! milagre das mãos
            da minha bela “figlia”, Amina.

                        jc...........16/08/2013