PARA COMEMORAR O CENTENÁRIO DE UMA MULHER ESTIMADA POR, FREGUESES, AGREGADOS, COMADRES E COMPADRES !
Essa narrativa é do sobrinho José Carlos Piovesan filho da Tia Mercedes , irmã de meu Pai Justo ; e para demonstrar que histórias devem ser contadas e narradas com distância de parentesco e misturadas com raças ... com carinho a história do Nono Luigi Campanaro Pai da Minha mãe Amina , é narrada por esse querido primo .
Nôno Campanaro.
O
relato abaixo foi a mim passado por minha mãe, Mercedes.
Era
um sábado, logo mais à noite, um baile estava para acontecer, na propriedade da
famí-
lia
Campanaro. Sob a barraca de lona, familiares,
amigos, moradores do bairro Falcão rodopiariam
ao som das Valsas, Mazurcas, Maxixes , Tarantelas., etc. Não me foi dito, mas creio que havia uma Sanfona, Clarineta e
Violão. Me permito até, imaginar o som se propagando
no silêncio da noite. Eu sequer iria ao baile, sentar-me-ia à beira da estrada,
e
ficaria por ali me embriagando de música.
Vamos
em frente. É necessário armar a barraca, enfeita-la com ramos de Bambu e
flores.
O
velho Campanaro comanda os trabalhos e os executa também. Um pequeno acidente acontece. Uma lasca de Bambu fere profundamente
um dedo do Nono Campanaro. Ele fica
transtornado,
lamenta-se, geme e diz que o baile para ele cabou. Uma “desgracia”.
Sua
filha Amina, meio sorrindo socorre o papai. Toma de uma garrafa de pinga e
desinfeta
o
ferimento.Carinhosamente, munida de uma lamparina, pois já anoitece, com tiras
de pano
enfaixa
o dedo ferido. Nôno Campanaro, orgulha-se da carinhosa “figlia”, Amina. Se entusiasma. Não sente dor alguma. Anoiteceu,
os músicos já estão à postos.
Nôno
Camparo, alegre recebe vizinhos e vizinhas, saúda a todos e solicita aos
músicos que
iniciem
o Baile.
Flui
a música, os casais rodopiam sobre o chão batido. Nôno apesar da idade rodopia
feito um menino, dança valsas como
um Vienense, nas Tarantelas parece transportar seu Bairro do
Falcão, para a sua distante Napoles, assim como Napoles um dia os enviou para o
seu Bairro do Falcão. Nôno
dançou a noite toda, até o Sol raiar.
Esqueceu
o dedo machucado, esqueceu-se da dor. Na manhã seguinte, Domingo, Tia Amina
foi
examinar o curativo.Incrédula e difarçando o riso, constatou que havia
enfaixado o dedo errado. A família
toda riu muito. Nôno Campanaro disse : É um milagre! milagre das mãos
da
minha bela “figlia”, Amina.
jc...........16/08/2013
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