sexta-feira, 2 de março de 2012

ADQUIRÍVEL ! por rosa maria daolio

por que cada ser ainda procura 
numa canção as palavras do perdão
da desculpa que tudo se esquece 
com meia dúzia de dizeres ?


esqueça , vamos recomeçar, 
meu coração é seu...
como se isso fosse a alforria
da vida...


ninguém deseja encarar 
as vicissitudes da forma
de expressar a vivência terrena
talvez, em outra esfera...


contenha a plenitude 
de meia dúzia de palavras expressadas
na receita do dia  aonde gregos , troianos
e eu possa ser adquirível...


poetriz amina rosa

DEIXEI-ME RELEMBRAR ... POR ROSA MARIA DAOLIO

suportar o outro que relembra uma história
sei que não é fácil...
eu por minha vez suporto algumas 
lembranças que norteiam a vida

nem somente filhos explicam
antes deles esteve suspenses
linhas , pessoas e pesos
depois a maneira correta viveria

com cria planejada ou não
aguento firme pois depois 
num depositário não ficaria
uma recordação com  sequer...

a cria se revela em cumplicidade
da vida composta  na procura
de ser um ,dois ou três
pouco importa, sejamos desunidos...à liberdade!

poetriz amina rosa


MINHA OPINIÃO ! POR ROSA MARIA DAOLIO

na capela encontro um abrigo para minhas orações
na minha devoção avanço feito cobra de Miguel Arcanjo
anuncia-me um corpo errante
sou cria da cria...

uma aranha negra se despede de mim
eu em viúva estou...
de bugigangas em bêbeda
com uma maleta cheia de estórias

eu finjo em ler a bíblia
sou a sagrada de sangue 
é mais uma vez uma prova da minha insensatez
que se arremessa do salgado para o doce...

poetriz amina rosa

A VIDA É UM JOGO DE SENSIBILIDADE ! POR ROSA MARIA DAOLIO

enquanto descubro as palavras
para valorar meus sentimentos
em cada momento acontece
o inesperado...

eu posso e me aborreço
é comigo mesmo , do outro 
nada se altera a não ser
a eficácia de um gesto no presente

enquanto sigo nas minhas tarefas
meu quarto já não reconheço
são tantos que me vejo deitada
numa cama de gato

espalho-me  por  entre os ambientes
de um sítio,de uma casa, de uma rua
e a vida caminha como se fosse um jogo
enobrece um passado recente uma jogada pela própria existência !

poetriz amina rosa