quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ASSUSTA-ME ... POR ROSA MARIA DAOLIO

que gênio é esse ?
que jeito é esse ?
do passado nem vergonha sente
da esperança renasce a cada susto
inocente muitas vezes
doido de pedra por excelência
corre para debaixo da mesa 
quando medo sente

que temperamento hein ?
vadio muitas noites 
depois do meio-dia esperto demais
nem tento de entender
 perdi a conta das portas e janelas abertas que te dei

que genuíno hein?
respeita policial
  ex marido
até ex namorado
fica calado quando eu choro
nem me ouve quando falo
pouco importa  o que penso 
nem me levanta quando caio...

poetatriz amina rosa


QUAL BELEZA ...POR ROSA MARIA DAOLIO

seu pudesse passar a beleza que vejo agora pela janela do meu quarto
um quarto rezaria para acordar um coração
acredito que o amor se reabilitaria 
mal nem faria...

se eu pudesse passar a beleza que assisto pela janela do meu quarto
dois quartos rezaria para acordar um coração
é bando de pássaros em vôo cone
sempre na mesma  direção da grota 
acreditaria que desapareceria o medo 

seu pudesse descrever que neste entardecer pela janela do meu quarto
três quartos rezaria para acordar um coração
neste colorido de nuvens dissipadas
num róseo, forte amarelo e misturado com azul
as árvores na montanha que enxergo parecem pessoas me olhando, 
nem sei mais quem olha quem ?
agora o perfil da montanha verde de dia 
esta contrastando com esse céu 
é de tom preto
 reluz 
meus olhos    vão  juntos com uma aeronave que corta esse maravilho
céu ,seu e meu...
um inteiro , num quarto de amor cheio
de rosa e cravo !



fotografia é apenas milésima partizinha de um estupendo registro de um  instante no universo

poetatriz amina rosa

MORRER... MAIS UMA VEZ ! POR ROSA MARIA DAOLIO

sangue caliente 
palavras fortes
dissipa um terror nas narinas
 fungando
defesa total leoa faminta
de filhos 
desfaz um passado em pouco tempo
abre um baú
em dissonância
foge como tropeço
da combinação
primeira não ultima 
sozinha cada uma 
em seu devido lugar
quantas noites ensolaradas
quantos dias gris
em solidão me acabo
um gole desce atravessado
na garganta do próximo rio
quero morrer mais uma vez

poetriz amina rosa