quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

UMA DINDA CORINA ! POR ROSA MARIA DAOLIO

quando se tem madrinha 
a distancia é  segura
a procura é essencial


a madrinha resolve 
os pensamentos vibram
a intensão é perene 

na madrinha se debruça
em  braços  imaginários 
comenta-se 

que com madrinha 
o primeiro momento deve ser contado para ela
simplesmente se conta com sua atenção 

a madrinha distante ;  as mãos conduzem 
 um vinculo certeiro
e o sangue corre como o vento

com  destino 
de onde vem pra onde vai 
é criador a, é  Mãe !
minha madrinha Corina 


poetriz amina rosa

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

MEU ÚTERO LIBERTADO ! POR ROSA MARIA DAOLIO

senhora da minha vida, minha guia 
deposita-me em seus braços 
largos e enfeita minha cabeça de luzes 
das estrelas , encaminha minha trilha 
para além desse rio 
nas montanhas me faz  leoa 
cuidando dos   filhos da floresta 
me apanha na lama do pântano
em serpente a doer nos prantos 
do próprio veneno ...

arrebata -me senhora, minha lida
do masculino e no feminino
me transforma em pura mãe 
despenca-me em sonhos nas ondas 
desse mar que me encontra 
sentada na volta do arco iris 
sou sua pequena na sua grandeza 
me rendo e reverencio a natureza 

poetriz amina rosa
  

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

EM MIM A TRANQUILIDADE ! POR ROSA MARIA DAOLIO

nem  tratas algum  elogio
nem me trazes uma flor 
na espera estou...

nem procuras algum aroma
nem me vences nas palavras
na escuta estou ...

nem inventas uma prece 
nem canções conhecidas
me encantam...

que de tu em mim acontece ?
se desejo a tranquilidade solta 
 a fala mansa em dança !


poetriz amina rosa

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

MINHA ÍNDIA VÉIA ! POR ROSA MARIA DAOLIO


Reverencio-me a ti
 minha companheira
De séculos e moradas das noites claras
Dos dias escuros de sonhos e fantasias
Das falsas ilusões dos motivos  inteligentes
Dos sofrimentos sem solução e  das dores exatas
Necessárias ...
Reverencio-me a ti
 minha mãe guerreira
De outros tempos e templos
Das estrelas compostas de homens
E as mulheres com crianças nos úteros
Dos vendavais soprando as tendas
Do embalo de meninas e meninos nos berços 
Reverencio-me a ti 
minha irmã de orixá
Batendo a cabeça na estrada
Brindando com chá  a filha da tempestade
Banhando seu corpo com  farinha de mandioca
E água de cheiro da palma silvestre e mãos de mãe
Reverencio-me a ti 
minha loba na floresta
Comandando a matilha e de vez quando as mamas em leite
Derrama-se em rio e igarapés 
Alimentando toda a aldeia ...
Reverencio-me a ti 
minha fêmea e nos traços largos de macho
Sustentando a caça e o plantio 
Repousa no barco a lenda 
Tranquiliza a alma das almas 
Mantém -se na reza a corrente
Solta as buscas nas loucuras
Devolve a simplicidade das rochas 
Com olhos  aperolados olhando para o Céu
Agradece a Mãe Natureza !


poetriz amina rosa
  



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ANTES DE VER-TE EU SABIA ! POR ROSAMA RIA DAOLIO

anos anteriores, visitava-me
ondas sonora de voz feminina 

caminhava por campos 
e avistava ao longe uma silhueta

na capital, encima dos prédios
uma fumaça e um corpo cedido

nas minhas aventuras eu via 
quando havia uma menina nua

antes de ver-te eu sabia 
que iba a perder enamorándome de ti

poetriz amina rosa


QUANDO TUDO SE FAZ CERTO ! POR ROSA MARIA DAOLIO

que tu venhas compor meu dia 
que tu venhas exaurir minha ceia 
ao meio dia me entregue teu beijo


que tu  alcances o tempo , esta hoje certo
que tu abras a janela 
do meu quarto

corre a brisa 
por entre meu corpo e o teu corpo
 há uma brasa 

poetriz amina rosa