quarta-feira, 31 de julho de 2013

TUDO PARECE AZUL ! POR ROSA MARIA DAOLIO

tudo parece azul , enquanto trafego entre a prece e a tarefa do dia 


o azul abraça meus anseios , recorda meu passado , me faz presente , energiza--me para um futuro ;
eu dependo desse sol , desse azul , dependo-me de ti meu senhor dos princípios e da   minha senhora das boas ações; quero estar de braços abertos ao verde que se espalha nesse céu seja ele esbelto  ou espesso, saudável sobre meu peito inflamado de desejos ...

meus pés sobre a terra , chão fértil , trabalhado e semeado , então ; que me ordene essa entidade suprema , banhe -me de fluidos e vibrações da compaixão , que venha essa força secular dos meus antepassados que estiveram aqui nessas montanhas umedecidas pelo suor derramado .

tudo parece azul nesse dia que antecede meu nascimento , que por luz divina projetou no útero da   mãe uma fagulha de vida , que eu venha completar  meus cinquenta e oito anos de alegria viva , colorida , que eu continue respeitando meu povo de convivo , que eu projete para o próximo ano vivido uma ação duradora , que enquanto tiver a chance de falar que seja somente  palavras edificantes , que eu alimente todos os meus corpos, e aja com inteligencia para o cumprimento da minha história.

Peço-lhe  senhor interno e a  senhora dona de meus meridianos , saúde para colocar as roupas nas cercas e a certeza de meus limites à minha ética moral .




eu agradeço ao meu pai a a minha mãe por ter me dado a oportunidade de viver e crescer  no planeta Terra !
As  vossas Bençãos  pra mim !

terça-feira, 30 de julho de 2013

ENTRE VOCÊ E EU ! POR ROSA MARIA DAOLIO

de onde vem essa fraqueza
a que procura me proporciono
qual a injustiça que me cabe
a quem devo procurar

de onde vem tanta fraqueza
passo determinado ao abuso
centrar o que me avança
ao limite da angustia

qual lado me absorve
dessa força d'água ou a da rocha
nas entrelinhas da vida 
o mistério se revela em passos mansos
isto é conversa de deuses que me acompanha

nas fraquezas que busco a realidade de meus sonhos
qual a tempestade vem buscar meu corpo motivado à ação
 e resolver meu entendimento pra mais um dia vivido
sob a cautela do julgamento e da discórdia

venho render homenagem a quem me acompanha 
que de mim retira o necessário
valoriza as  minhas virtudes 
me eleva a um patamar de reino hominal 

venho compor almas amadas 
facilito o que posso na minha regeneração
quem concorda comigo 
vem pra experimentar uma nova confiança ...

poetriz amina rosa


sexta-feira, 26 de julho de 2013

UMA IBITIPOCA PRA MIM ! POR ROSA MARIA DAOLIO

Que vontade de Ibitipoca , onde as rendas d'água me conduziam com ternura em braços de árvore sensível, o frio suportado por  abraços de gente  e aconchegos  de animais , a reza  a tarde era um  mantra para um sonho acontecer ;  

Que saudade das minhas trilhas como eu ia vazia  e vinha com as mãos cheias de amoras, o peito  estufado de ar fresco , a calda enfeitada de ervas e flores , meus olhos banhados de orvalho;

 Contemplando os picos  coloridos de tons verdes e libertados pelos rio Salto e rio Vermelho e um  sobe sul outro desce  leste , para o vale do Parnaíba , onde eu numa margem favorita descanso com o chapéu cheio de coisas comidas...

Que saudade de uma  amada por mim e de escrever versos soltos com paixão latente nos dedos empurrando cada letra  entre as pernas por graça reconhecida numa vida ;
 por Deus determinado toda essa criação às vistas ,  e qual é sua vontade sobre mim ?

Que vontade de voltar pra esse lugar enfeitado de bichos, gente e plantas , na verdade reciclar o que seja exatamente correto: as minhas palavras , minhas ações , atitudes e conquistar uma vez mais a sutileza de cada ser vivo encontrado por mim .
Manhas sobre a mesa um café com leite pão de queijo e um beijo ... que saudade e que vontade de ti !

quinta-feira, 18 de julho de 2013

COMO SE TUDO FOSSE HOJE ! POR ROSA MARIA DAOLIO

um proposito 
uma história 
uma vida
um gesto
um acerto 
um aceno

faltou verdade ou poucas mentiras 
uma época distorcida 
sem memória  uma invasão repentina
adormecia e acordava 
com  você na matéria 
uma questão de ordem

o tempo determinou 
filhos esquisitos
direitos adquiridos
enterro de um companheirismo
lembranças inexistem
dinheiro faltou 

sendo o capital estrangeiro
um merecimento
minha profissão 
das cinco da manhã a seis da tarde
que orgulho sobrou 
que riso aconteceu

uma morte 
um nascer 
de sorte
me abateu
um novo coração 
uma lição 

no beijo sentia falta do vigor da sua língua
do abraço tirei a força  que pude  
de olhares nada mais cúmplices
um retrato retirado
na cabeceira uma moldura livre
um rompante de choro gritado

uma final compostura
 palavras de terror sobraram 
sobre a mesa um doce de leite
na maquina de lavar roupas manchadas
sapatos distribuídos pela casa
na janela um recado 

volta 
sem nome 
sem endereço
pequena 
 vez 
de ser diferente ...


poetriz amina rosa





terça-feira, 9 de julho de 2013

DE ONDE VIMOS ! POR ROSA MARIA DAOLIO

se buscais no sangue azul da família 
eu diria que de longe é azulado 
meio grego -napolitano
um europeu disfarçado 
um sinônimo adequado 
seria um colono ítalo brasileiro
que na força de sua crença 
desejava a América do sul
sem por e nem tirar;
e procedera de forma nos
 paus fortes de jacarandá
nos sextos de bambus 
cheios de milhos e aboboras
recordando a terra natal na tarantela
 e na polenta aquecida a lenha

se buscais no sangue azul da família 
encontrarás mulheres com sete saias 
homens com cuecas de sacos de açúcar
e calças de tecido do algodão
nas camisas cravado o peito com  suor 
das noites marcadas em   transas de alhos e cebolas 
do fumo a fumaça soltada de tanta saudade ...
somos imigrantes das terras distantes 
das paredes marcadas dos retratos retirados 
dos vales deixados e do mar aberto num novo horizonte
se não fosse um Brasil talvez nem seriamos assim...
alegres e contadores de histórias ...


poetriz amina rosa



UM RETORNO ! POR ROSA MARIA DAOLIO

enquanto feliz 
um bom papo
com gente boa 

uma nostalgia 
imersa numa palavra
a doce hora da poesia

em flerte um verbete
um doce na boca louca para beijar
um te amo de surpresa 

sendo valorizada
na época da colheita
o som com sol se pondo

no sopro de outono
você e eu vestidos  rosas
um avental balançando no varal

depois a noitinha chegadinha
de dores mensuráveis da despedida
 um olhar e a esperança  do novo ...

somos lua e sol de repente 
marcando o presente
um  corpo no abraço preso

de laço solto 
de inverno quente
na garganta um breve soluço...



poetriz amina rosa