foi numa sala de aula de frente para o professor de química
(e penso como : lógica matemática )
se tivesse sido de frente para a dona Rosinha
(que de português tudo sabia e declamava poesias...)
e a Geografia da dona Marina sem elegância
me cobrava a matéria em alto e bom tom
(toda aula chamada oral , era assim que conduzia ...)
e navegando entre rios e mares o sistema solar, era meu fascínio;
quando dona Marly se apresentava
eu creditava que a ciência de tudo era capaz ...
dona Arlete no inglês nos empolgava , em traduções de nomes:
o meu ficava Rose , João, John e Antonio, Tony ...Hei ? !
e Ulisses se tornava Uláisses,
(e a gente ria)
as canções e suas traduções
( meio sem pé nem cabeça... )
as Águas de Março de Tom Jobim ,
graças a Deus permaneceu em português
e quando pensei pela segunda vez em uma profissão
lembrei , que na infância tinha um cara que morava de frente de casa ,
que manipulava pequenos vidros com pozinhos coloridos
( o tempo passou )
eu deparo com tubos de ensaios e as soluções
do branco em vermelho
preto em amarelo,
azul em cor de rosa...
(muito tempo depois)
descobri que tudo girava na química ...
e aí ... quis girar junto, contudo, nem tudo é gira !
poetriz amina rosa
