minhas mãos estão vazias
envelhecidas
meus dedos encolheram
minhas unhas estão compridas
minhas mãos que faziam
a acolhida, a comida
os gestos de tchau e
junto a minha boca soltavam beijinhos
minhas mãos estão cruzadas
esperando meu caixão
já queimadas de um inferno
estão tomando a forma de uma borboleta
poetriz amina rosa