vou contar: o uivo era de uma lobo
foi certo; desceu a montanha levantando poeira e ervas
protegia os dois filhotes como tufão cercando arvores
eu já sabia o que fazer, rezaria ...fotografar não deu
passou por entre mim e o carro numa medida calculada geometricamente
enquanto eu estremecia os pelos dos três vibravam
desceram sentido piton , eu corri, chamei , mas não me deram atenção
era uma loba com seus dois filhotes , passeando não estavam , fugindo de quem ?
fiquei aguardando entrar , em conflito do que poderia encontrar ou ir atrás dos três
nada mais passou pela minha cabeça além dos animais ...
balbucie entre dentes um aí , uma dor suportável demais,
ali na penumbra do farol com lua nova, rastejava uma serpente
colorida deu pra eu ver , senti o tamanho pelo volume de ar deslocado
paralisada como estátua permaneci durante alguns soluços de pavor
nem lembrei de São Francisco, chamei por Deus , Santa Maria,
algum lapso me dominou não foi nenhuma meditação...
depois de três dias fui lembrar dessa história para contar
em primeiro lugar para minha irmã que não acreditou
insiste em contar para Nêga , ela chorou e falou :
acredito; era eu fugindo de um perigo com meus dois filhos!
poetriz amina rosa
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