quarta-feira, 18 de julho de 2012

DE CLARICE PARA UMA ROSA ! POR ROSA MARIA DAOLIO


Tem dia que eu acordo e parece que o sonho da noite  se realizou na trajetória da minha vida e eu  me recriminando de alguma atitude que decidiu um meu passado e fico pensando nas premissas que podiam ter definido melhor os meus dias  isto é;  muito delicado pois eu acredito nas atitudes e seus fins , exagero da minha construção humana querer que as coisas caminhem no ritual escolhido , quantas vezes eu bati a porta da sorte e quantas vezes me salvei da crueldade , aparentemente no dia que isso me acontece eu sei que é uma tortura inicial para depois a consciência me dizer que o dia promete e muito boas formas de curtir a vida, ah! se eu pudesse hoje por exemplo iria ao seu encontro , aterrizava no Santos Dumont depois caminharia  até o Leblon , passaria na rua Souza Lima para recordar ...antes porém compraria um par de pingos para suas orelhas ... como não é possível volto para o meu lar
desfaço da minha mala de lembranças , agito meus cabelos e prendo-os com uma linda piranha ,escovo meus dentes , faço uma prece , acendo o fogão a lenha , tomo meu café , olho para o céu e penso que eu só tenho que agradecer, antes que o dia termine abro um livro de Clarice Lispector e veja a primeira frase que leio : 
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (Clarice Lispector)


clarice lispector



poetriz amina rosa

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