meu primeiro batom
quem me deu foi um frade
quer dizer um homem
vestido de fraque eu confundi na época
jovem demais para estar atenta com esses adultos adulterados
e por estar do lado de dentro de um confessionário
eu confessei , meus pecados
Ah ! que bobagem eu fiz ...
ele me despiu...fez de mim o que quis...
a igreja me obrigava toda semana confessar
para tomar a hóstia sagrada, entende?
aquela que virou carne !?
quem virou carne fui eu... nas mãos daquele padre
quer dizer frade ou melhor homem de fraque ...eu já nem sei...
um dia confessei que estava apaixonada
por um menino da rua capitão alceu vieira
só porque ele pulava o grande muro que existia nos fundos do meu quintal
e do lado de lá havia um bosque que o muro alto proibia e, o Carlinhos trazia
uma manga verde roubada que com sal e ele eu comia ...
esse padre quer dizer o tal de fraque
me mandou rezar mil aves marias ...mas eu,
pequei porque de maria
eu assistia na tevelisão do vizinho
aquela novela linda ..."Simplesmente Maria "era com Yoná Magalhães...
Ah ! como era Linda ...
aí eu aprendi a amar as bocas e os batons ...
mas, nunca mais contei ao fraque os meus amores e hoje eu sei
que ele foi castigado por Deus e por mim
que nunca mais contei a um homem de padre , frade ou fraque
meus segredos e, mais genuínos são os que me fazem viver feliz
como uma mulher extravagante !
como uma mulher extravagante !
Até Pensei
Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha
Sarau das Extravagancias !
poetriz amina rosa
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