sábado, 20 de janeiro de 2018

SUSTENTAÇÃO ! POR ROSA MARIA DAOLIO

Hoje estive no lar em que nasci, minha memória  sintetiza nas lembranças  contadas pelos meus irmãos mais velhos,não trago lembranças, às sinto na pele, no aroma, no local.A natureza quase preservada, as construções modificadas, são muros, janelas e garagens , quase nada incentiva  o passado, somente a capela permanece mas, encoberta por laje à sua beleza.Os meninos não tem mais  barranco para sentar e burilarem suas pernas enquanto a banda tocava,hoje tem nas suas mãos celulares  não estão presentes  na festa do padroeiro e a banda  também ausente por falta de patrocínio.Anjos não desfilam  da venda do Justo para a capela , são anjos invisíveis, talvez caídos  das telhas de amianto. Venho pra desfrutar um  pouco da liturgia de uma comunidade morta.Pessoas habitam o local não necessariamente descendentes e quase nada constituí uma história; a razão  é que não se conta a vida vivida, escapam ações e atitudes cristãs dos antepassados.
Eu trago posto as heranças  dos meus pais que fulguraram entre noticias boas outras ruins ,num laço de convivência com seus fregueses da venda que iluminava  no alpendre as madrugadas.Deixo-me abater em lágrimas  que transfere  na face envelhecida a fé  em rendição soberba...
Estou triste  porque sinto meu país  vendido como uma panela de pressão na internet e talvez meu choro é pelo presente e singular nas plantas verdes  como a chuva  de verão destruindo meu Brasil, governado por uma quadrilha de bandidos,são brancos , ricos e velhos.
Sou de temperamento robusto , um leão ferido  que  se lança contra falsos moralistas e religiosos.
Essa luz da vela revela a solidão e  nem por isso é só dor; tenho  algo que me aguenta e, sedenta com tom  num vocabulário pobre estou sabor  que me cabe. Em pranto  vivo e admito; invade-me em passos lentos uma unica esperança...
(AMINA ROSA)




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