SUSTENTAÇÃO ! POR ROSA MARIA DAOLIO
Hoje estive no lar em que nasci, minha memória sintetiza nas lembranças contadas pelos meus irmãos mais velhos,não trago lembranças, às sinto na pele, no aroma, no local.A natureza quase preservada, as construções modificadas, são muros, janelas e garagens , quase nada incentiva o passado, somente a capela permanece mas, encoberta por laje à sua beleza.Os meninos não tem mais barranco para sentar e burilarem suas pernas enquanto a banda tocava,hoje tem nas suas mãos celulares não estão presentes na festa do padroeiro e a banda também ausente por falta de patrocínio.Anjos não desfilam da venda do Justo para a capela , são anjos invisíveis, talvez caídos das telhas de amianto. Venho pra desfrutar um pouco da liturgia de uma comunidade morta.Pessoas habitam o local não necessariamente descendentes e quase nada constituí uma história; a razão é que não se conta a vida vivida, escapam ações e atitudes cristãs dos antepassados.
Eu trago posto as heranças dos meus pais que fulguraram entre noticias boas outras ruins ,num laço de convivência com seus fregueses da venda que iluminava no alpendre as madrugadas.Deixo-me abater em lágrimas que transfere na face envelhecida a fé em rendição soberba...
Estou triste porque sinto meu país vendido como uma panela de pressão na internet e talvez meu choro é pelo presente e singular nas plantas verdes como a chuva de verão destruindo meu Brasil, governado por uma quadrilha de bandidos,são brancos , ricos e velhos.
Sou de temperamento robusto , um leão ferido que se lança contra falsos moralistas e religiosos.
Essa luz da vela revela a solidão e nem por isso é só dor; tenho algo que me aguenta e, sedenta com tom num vocabulário pobre estou sabor que me cabe. Em pranto vivo e admito; invade-me em passos lentos uma unica esperança...
(AMINA ROSA)
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